Este Impiedoso Senhor,
Que nem se importa se o vês passar,
Transforma o menino em Avô,
Antes que ele possa sequer imaginar.
Tempo dos tempos passados,
Saudosas memorias da vida,
Dias vividos nem lembrados,
Se o tempo com o velho não lida.
Aquela bengala que sustenta,
O corpo que antes saltava,
Entre os pomares da fazenda,
E como bom homem trabalhava.
Hoje pode ser difícil caminhar,
Pela tão infrutífera cidade,
Sem uma mão para apoiar,
E sem que lhe lembrem a idade.
Tudo passa, O tempo passa,
Muitos vivem sem pensar,
E nem adianta fazer pirraça,
A vida aos poucos vem cobrar.
Todo excesso e toda pressa,
Que o corpo um dia maltratou,
Ao Idoso vem e não cessa,
Bendito o que jovem se cuidou.
Acima de tudo o que permanece,
E o que tem a partilhar o senhor,
O conhecimento não envelhece,
Feliz quem em si conhece o amor.
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