Uma vez, era, uma criança,
E a mesma criança cresceu,
O que do passado avança,
Construiu seu presente Eu.
Quantos leões e monstros,
Foram mortos no percurso,
Quanto caos nos escombros,
E qual o destino de seu uso.
Os muros estes belos muros,
Construídos com cada dor,
Acaso não são tão obscuros,
Quanto cada coração sofredor.
Quantos traumas cabem nos peitos,
O que eles provocam no adulto,
Reflexos de uma prisão de Direitos,
Ou das liberdades em excesso fruto.
A lenda dos muros é real,
Muitos caíram no passado,
Outros hoje passam pelo normal,
E bloqueiam dos seres o contato.
Já não são como grandes muralhas,
Mas fecham dos seres o coração,
Os muros de outrora tinham falhas,
Assim como estes do Agora então.
Caiam dos olhos as vendas,
Equilíbrio não pode ser restrição,
Excessos derrubam lares e tendas,
Mas medo destrói sonho e paixão.
30/01/2020
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