quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Isto


Quem seria isto?
Um guardião condenado,
Por seu crime não previsto,
Um erro ou só um Fardo.

Um algo sem sentido,
Vagando no Limbo,
De um memorial esquecido
E vez em quando sorrindo.

Por lembrado ser ao dizer,
Um "Eu Te Amo" meio louco,
Ao ouvir transparecer,
Um "Eu Também" meio rouco.

Quem seria isto,
Um poema não declamado?
Sombra de um poeta esquecido?
Apenas um ser mal Amado?

Isto já é demasia,
Perdido, você encontra agora,
Talvez digno de algo seria,
Antes de ser chamado, embora.

Embora seja apenas Isto,
Um programa nada ideal,
Uma falha do mal quisto,
Em meio um universo genial.

E só isto, um grito mudo,
Um erro certo, contrastante,
O mais raso sentir profundo,
Que pode ser algo em algum instante.

28/02/2019



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

ConSequência


Um calhamaço de folhas amassadas,
Tem sido usado para construir a história,
Nesse meio tradições, algumas ultrapassadas,
Deixaram mortos e marcas na memória.

E o que é o ser humano então,
Este ser que se diz tão racional,
Mas que carrega chagas no coração,
E é capaz de ações piores que um Animal.

Que diz crer num Deus de bondade,
Mas quer as bençãos engarrafadas a si,
Que preza tanto por discursar pela caridade,
Mas por reflexo de achar bom, mente a sorrir.

Que mentes são estas maquiavélicas,
Que seguem filosofias tão incertas,
Que por vezes disparam palavras bélicas,
Projetadas a moldar até desgraças concretas.

O que seriam estes seres aqui,
Vermes, doenças ou agentes divinos,
Até onde sua capacidade de criar ou destruir,
Vai seguir apenas idolatrando a meros hinos?

Há paz em dormir sufocado,
Pela poluição das próprias ideias?
Não seria parte do stress tal fado,
Num teatro de mortas ninfeias.

Um calhamaço de ideias amassadas,
Este seria o fim... Destes poemas,
Se a vida se resumisse a meros nadas,
E o Ser em questão não resolvesse seus dilemas.

22/02/2019