sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Soneto a Cidade

Um universo em cidade,
Em sua nobre Estrutura,
A uns o cansaço e loucura,
Outros trabalho ou saudade.

Contemplada com ternura,
Amada por multiplicidade,
Carregando em sua unidade,
A mais diversa conjuntura.

O mundo com humildade,
Em Sorrisos e batalha dura,
De gente com brio e vaidade.

Disposta a encontrar a cura,
Para cada dor e enfermidade,
Viva capital em fé e cultura.

25/01/2019






quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Damnare Perfectionis


Maldita seja esta palavra,
Imperfeita por existir,
Essa condenação tão alva,
Que condena Todo Existir.

Essa tão vã perseguição,
Pelo impossível de alcançar,
Ao menos neste plano, não,
Perfeito ser é em vão tentar.

Acordar buscando a perfeição,
É quase extinguir a si próprio,
Mesmo agindo de todo coração,
O perfeito jamais será sóbrio.

Cansam se, enlouquecem,
Os que desejam apenas o perfeito,
Falhar pertence aos que crescem,
Evoluir as vezes nos fere o peito.

Maldita perfeição opressora,
Dos que julgam tudo com olhar,
Sem ver que perfeito pois não fora,
E se compras por aí outro julgar.

Perfeição ensandecida,
Que julga ser acima de tudo,
Capaz de julgar morte e vida,
E tornar o profeta, mudo.

A plena consciência apenas diz,
O perfeito, do caos apenas, nasce,
Perfeito e quem souber sorrir Feliz,
Mesmo que o mundo todo se acabasse.

17/01/2019