quarta-feira, 29 de março de 2017

Falando de Espinhos


Quem dera não precisar,
Quem dera não visse o que observei
De flores, não ter que falar,
Para de flores dizer que não falei.

Cada dia mais descrentes,
Esta nuvem dá medo de olhar,
Mesmo olhando as várias frentes,
Difícil apático não acabar.

Não há flores, nem canhões,
Mas somos feridos todos os dias,
Por nossas próprias desilusões,
Pela Ausência das poesias.

Não dá pra enfeitar o Medo,
Nem motivar a covardia,
Mataram os sorrisos em segredo,
E trancaram nos na melancolia.

Será que ainda há tempo,
De lembrar que somos humanos?
Antes que nos matemos,
A mando de dos "Santos Profanos"

Os deuses que elegemos no Olimpo,
Estão assistindo nossa ruína,
Fazendo piada deste Limbo,
Que Criaram com sua propina.

Se não falarmos de flores,
Talvez a semente não brote,
Sem a Luz não existem cores,
Ilumine se então cada mente.

29/03/2017



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