quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Fala Já

O que você pensa,
Aonde quer chegar,
Com quem você pensa...
Que está falando?

Fala Já, Fala Jah...

Pense em acordar cedo,
No trabalho chegar,
Falando consigo, Segredo.
Bora lá, bora lá...
Perca alguns medos,
Sorria a quem vê,
Na vida há enredos,
E sorria então bora lá...

Medo todo mundo tem,
Sonho e desejo para buscar,
As vezes fica preso no amem,
Bora lá, bora lá.
Não custa para o futuro olhar,
Esperar sonhar e até crer,
Que um dia a utopia ha de chegar,
Importa mais um dia a se viver.

Credo, raça, não importa,
Cor ou sangue por aqui,
Importam mais as portas,
Bora lá bora lá
Abra te sésamo solução
Passagem para o derradeiro,
Se todo mundo e irmão,
Deixa o fim, começa primeiro.

Tantos se dizendo Deus,
Cobrando as reverencias,
Agindo igual fariseus,
Bora lá, bora lá,
Não vai adiantar julgar,
Mas pra que a dúvida seguir
Ressuscita seu planejar
Para crer no bem que há de vir...

O que você pensa,
Aonde quer chegar,
Com quem você pensa...
Que está falando?

Fala Já, Fala Jah...


Magia dos Ventos

Onipresente em toda terra,
Em tudo que vive, respira,
Ar que traz paz e traz guerra,
Vento de alívio ao que transpira.

Velhos ares que se renovam,
Rumo tomado, rumo ao futuro,
Nem tudo, todos aprovam,
Fácil pensar realizar é duro.

Ares em batalhas totais e plenas,
Louca conquista de objetivos,
Louca invasão de outras Atenas,
Sem cavalos e até sem motivos.

Deste ar em movimento,
Destaque-se o que há de mais belo,
Invisíveis artes façam do momento,
A melhor lembrança e seu castelo.

Plena invocação de um elemento,
Traduza em paz, respiração,
Deste que leva os sentimentos,
Sopre com amor cada coração.

E se o Ódio ou vingança reger,
Orquestre-se uma tempestade,
Que em vendaval soprem esse querer,
Para longe da tal Humanidade.

Recite essa magia plena,
Na cura d'Alma com Ferimentos,
Se Tua Alma à outra não condena,
Verás vívida a "Magia dos Ventos".

20/12/2017


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Sombra dos Egos


O Eu em Terceira pessoa, morre?
Andando na rua, vê se Cegos,
Gente maluca que só corre,
Exigindo que se respire seus Egos.

O Tú, em Primeira pessoa,
Parece querer dominar,
Nem percebe quando mágoa,
Pensando na hora a chegar.

O Ele em terceira pessoa amarra,
Tudo com todos, só desanda,
O Ego esse cheio de sua Marra,
Em tudo manda e desmanda.

O Nós amarrado a incertezas
Desata as Dúvidas no ar,
Perdidos até os que tem destrezas,
E o mundo segue sem pensar.

E o Vós esses Mudos amigos,
Só falam cada um por si,
Se veem sempre Feridos,
Não falam aos que estão a cair.

E Elas e Eles quem são?
As sombras do ego perdido,
Pedras que gelam o Coração,
Distanciando até os amigos.

Loucura é achar que estamos sós,
Em meio a tantos milhões de Egos,
A cura é se perdoar e viver bem,
E Considerar que há muitos Cegos.


01/12/2017



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Palmares Presente

Não é a voz do Negro
A única a ecoar em gritos
Já não é mais segredo,
Ninguém esconde os conflitos.

Palmares escondia quem fugia,
Hoje esconde quem finge
Ontem era uma raça que jazia,
Hoje uma classe se aflige.

Dentro de tanta filosofia,
Enfeitado em versos soltos,
Quase uma fétida poesia,
Fala de normais absurdos...

Não há mais racismo,
Quando todos se calam,
Reina o imenso ceticismo,
E os grandes seus planos embalam.

Não se trata de isso ou aquilo,
Trata se de dignidade apenas,
Fugir não deveria ser tranquilo,
As vidas deveriam ser plenas.

Trata-se de não ser normal,
Na rua morrer, ou perder vidas,
Mas sim de um poder genial,
Do respeito a pessoas queridas.

Estar perto e se livrar, da escravidão
Do medo de ter as portas abertas,
Poder abrir a mente e coração.
E ver almas justas e corretas.

10/11/2017



quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Identidade em Crises

Quem somos neste momento?
Em que mundo nós estamos?
Por que tanto sofrimento?
Que tipo de Ser nos tornamos?

Nas notícias habita medo,
Nos governos as mentiras,
Nas palavras o segredo,
Até nas crianças, as birras.

O que houve com a revolução?
Onde foi parar a Tríade trabalhista?
Quem são os que chamam "irmão"?
Onde foi cada histórica conquista?

Terror de um lado a outro,
Poder filosofia e religião,
Enquanto bandido circula solto,
Em casa alugada é preso o cidadão.

Compra-se até a consciência,
Num pífio mercado de ações,
Via marketing de insolências,
Fabricam se jingles e canções.

Numa crise que assola a nação,
Apela se que todos se doem,
Enquanto os que pedem na mansão,
Os que doam nas filas morrem.

Quem somos e onde estamos?
Onde fomos parar sem querer?
Onde está o paraíso que buscamos?
Que inferno se tornou esse SER?


01/11/2017



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Montanhas

Quando o olhar se estende,
Ao longe existem barreiras,
Após elas há quem sonde,
Que há vinhos e videiras.

Há na Certa, também o medo,
Este que cerca o desconhecido,
Este que guarda a si, segredo,
E deixa a todo sonho perdido.

Há o verdejante anseio,
Que consigo trás ansiedade,
Vontade de ver o fim no meio,
Na busca pela celeridade.

Haverá também a Crítica,
Dizendo que já tentou e que não é,
Enquanto se ouve o que fica,
Siga, montanhas se movem na Fé.

Eis que o amanhã está por vir,
O horizonte se expande,
Atrás de montanhas há o porvir,
É lá que o Universo se esconde.

Se não houvesse ousadia,
E montanhas tudo limitassem,
Pouco da gente se saberia,
Sábios os que as ultrapassem.

Enfim além da montanha, 
Habita o medo e a vitória,
Feliz de quem tem a artimanha,
De criar do Além uma Memória.


30/10/2017






segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Ela é

Sol em pleno mar,
Riso em plena paz,
Loucura de amar,
Desejo de um cais.

Porto seguro,
Mesmo tensa, vence,
Mesmo presente e futuro,
Perto, mesmo distante.

Ela é as vezes confusa,
Às vezes única em opinião,
As vezes não sabe o que usa,
Mas faz o que faz com paixão.

Ela é de Libra, mas tanto faz,
Faz que faz em sua decisão,
E mesmo que pareça indecisa,
Sabe o que quer no Coração.

Ela é simples, curte novelas,
Ela é Rica em suas opiniões,
Entres as joias mais belas,
Ela compõe minhas belas canções.

Ela é Aline, doce e limão,
Mesmo quando não está doce,
Sabe transmitir sua Paixão,
Com tudo que a vida lhe trouxe.

Ela é, o que é, e para quem duvidar,
Ela a cada dia se redefine e combina,
Com seus jeitos de querer e sonhar,
Parabéns por quem és Doce Menina.

16/10/17


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Brincadeiras


Um convite para brincar,
Brindar a vida sem querer,
Sorrir, sonhar, Amar e Amar,
Inocente forma de ser.

Brincadeiras de Roda,
"Ciranda" cirandinhas,
Que o sorrir vire uma moda,
Não se acabe o amor que tinhas.

"Passa o Anel" com seus valores,
Em uma doce "Salada de frutas",
A vida mantenha suas cores,
O sorriso ilumine as lutas.

"Polícia e Ladrão" não se condenem,
"Mãe da Rua" mandou ter a paz,
"Esconde-esconde", o ódio do homem,
Ou passa a borracha e ele jaz.

"Balança Caixão" balança você,
Brincadeiras de crianças,
Adultas formas de a gente ser,
Mantendo a alegria nas lembranças.

"Mas foi ele que começou",
A culpa é sempre do irmão destino,
"Levanta não foi nada", se chorou,
Sempre mais vale o Riso menino.

Dia de abrir as Memórias,
Gargalhadas serão perdoadas,
A vida tem suas Palmatórias,
Mas nela é que deixamos pegadas.


12/10/2017



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Onde?

Num Emaranhado de mundos, 
Vivemos entre Teoremas, 
Uns Fortes e mais profundos,
Outros perdidos em dilemas.

Romances, Paixões, Amores,
Desejos, planos, Profissões,
Alguns apostam em flores,
Outros em suas ilustrações.

Todo acorde, nos acorda,
Todo timbre, tem sua nota,
Até o silêncio as vezes discorda, 
Quando o assunto se entorta.

Rumos, versos, fios e postes,
Palavras soltas em construção, 
Fotos que ilustram os "Posts"
Prostrando ideias até ao chão.

Guerras árduas de um nada,
Tanta ideia joga se fora,
Gente querendo ao fio de espada,
Cortar até quem lhes adora.

Onde foi que a rua se fechou?
Dúvida incerta, sem um rumo,
Por que será que até ódio virou,
Nas rodas de Amigos um insumo.

Tanto sem lógica explicativa,
Nas cidades que não param,
Tantas "razões" paliativas,
Entre dúvidas que não se acabam.


27/09/2017


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Feras


Há em cada ser, sentimentos,
Medos, tolerâncias e dor,
Coisas sob controle, momentos,
Revelados pelo ódio ou pelo amor.

Hibridas quimeras criadas,
Pela história, pela vida, por tudo,
Coisas que sobrevivem ávidas,
Outras que se escondem no mudo.

Desejos intrépidos retraídos,
Vontades que o tempo não permite,
Momentos que apagamos caídos,
Outros que nós que esperamos em levante.

Eis os mais doces delírios,
Que o poema esconde ao poeta,
Mesmo os donos dos lírios,
Não mudam o florescer na floresta.

A beleza domina e é submissa,
Desejamos seus sonhos satisfazer,
Nem sempre as flores tão omissas,
São palpáveis no momento do querer.

E se o ciúme não existisse,
Talvez fosse fácil longe estar,
Porém, se controla os ciúmes,
Para a poesia não se estragar.

Doces lábios, apenas um desejo,
Neste dia que o bem lhe cerque,
No fundo quero a ti e a seu beijo,
Contigo mais calma, a vida segue.

12/09/2017



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Loucura


Pode parecer loucura,
Mas que louco saber, 
Que a loucura menos pura,
Ainda não pegou você.

Estávamos loucos,
Pela chegada desse dia,
Para refletir aos poucos,
Qual o peso da consciência.

O que acrescenta a correria,
Qual o reflexo das depressões,
Rápida prosa, lenta poesia,
Onde guardamos as impressões.

Boas ou más, fracas ou fortes,
Qual o impacto do que vivemos,
Como refletem em nós as mortes,
Irreparáveis perdas que tivemos.

Quem são realmente os amigos,
Por que na multidão, ficamos sós,
Onde estão os humanos abrigos,
Para desatar tão pesados nós,

Dados em nós, por nós, 
Pela mente e talvez pelo medo,
Por não achar confiável voz,
E prender gritos de segredos.

Culpados ou inocentes?
Não cabem a nós inquerir,
Mas soluções urgentes,
Podem melhor futuro, permitir.

04/09/2017



sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O Banquete


Façamos um trato,
Queremos à luz de vela, um jantar,
A paz seja o principal prato,
Que possamos nos fartar.

Os sorrisos se entreolhem,
A vida tenha sentido,
As almas felizes conversem,
Os bens e males já vividos.

Façamos um prato,
Nada para se comer frio,
Aqueça-se o melhor fato,
Ingrediente nenhum fique vazio.

Espelho da alma limpo esteja,
Para ver o mundo como é,
Sem pré-conceitos ou pelejas,
Abram se os olhos da fé.

Neste banquete brindemos,
O fim da sede por risos,
Ébrios de gargalhadas fiquemos,
Bebendo dos bons motivos.

Afinal são tantas as pressas,
Que tudo se desidrata,
Não há mais tempo para compressas,
Vivemos de pílulas de um nada.

Nos curamos com conceitos,
Em laboratórios preparados,
Julgamos do outro, defeitos,
Escondendo nossos fados.

Esquecemos até a sobremesa,
O doce que enriquece a vida,
Adorno aos sabores, sem tristeza,
Não falte o Amor sem medida.

01/09/2017



quarta-feira, 29 de março de 2017

Falando de Espinhos


Quem dera não precisar,
Quem dera não visse o que observei
De flores, não ter que falar,
Para de flores dizer que não falei.

Cada dia mais descrentes,
Esta nuvem dá medo de olhar,
Mesmo olhando as várias frentes,
Difícil apático não acabar.

Não há flores, nem canhões,
Mas somos feridos todos os dias,
Por nossas próprias desilusões,
Pela Ausência das poesias.

Não dá pra enfeitar o Medo,
Nem motivar a covardia,
Mataram os sorrisos em segredo,
E trancaram nos na melancolia.

Será que ainda há tempo,
De lembrar que somos humanos?
Antes que nos matemos,
A mando de dos "Santos Profanos"

Os deuses que elegemos no Olimpo,
Estão assistindo nossa ruína,
Fazendo piada deste Limbo,
Que Criaram com sua propina.

Se não falarmos de flores,
Talvez a semente não brote,
Sem a Luz não existem cores,
Ilumine se então cada mente.

29/03/2017



quarta-feira, 8 de março de 2017

Pensamento


No livro da vida algumas linhas,
Falam do coração e sentimento,
Nem santas palavras, nem profanas,
Reflexos de um quinto elemento.

Frágeis, mais fortes que rocha,
Seus pedaços constroem mundos,
Deixam suas marcas na história,
Seus anseios, os mais profundos.

Geram a vida e a protegem,
Lutam batalham e mudam tudo,
Com o pensamento elas ferem,
Mesmo com grito quase mudo.

Caladas por ideias machistas,
Sabem como e onde agir,
Tão belas quanto estrategistas,
Elas hoje sabem para querem onde ir.

Dominar o mundo? não precisam,
Pois o mundo levam no ventre,
Educadoras que tanto inspiram,
Pensadoras de que é diferente.

Nada deve calar sua voz,
O silêncio com elas não combina,
Guerreiras do antes e do Após,
Só a vitória é sua melhor Rima.

Que ensinem teus homens a sonhar,
E a sociedade saiba o que quer,
O pensamento lhe faça sorrir.
Parabéns por Teu Dia Mulher.

08/03/2017



Encanto das Flores


O Criador vendo a criação,
Viu que tudo era lindo e belo,
Mas tanta vida em ação,
Merecia um novo e forte Elo.

Eis que semeou uma semente,
De um sono profundo do homem,
Fez Eva florir​ eminente,
Forte qual chamas que consomem.

Da costela e não dos pés,
Companheira e não submissa,
Na criação, feita qual um viés,
Pro mundo mudar em premissa.

E desde que se fez o mundo,
A magia se espalhou,
Até reprimida foi a fundo,
E como nova semente brotou.
Não sois apenas flor por beleza,

Cultivas pela estrada teus espinhos,
São eles tua forte e plena defesa,
Mesmo sendo tu fonte de carinho.
Rainhas, Princesas e plebeias,

Pouco importa cor ou classe,
Tu és qual o florir da moreia, raro
Levando as Rosas em tua face,
Vences tudo com seu amor disparo.

És luta e acalento, és dor,
Que teus desejos se tornem reais,
Mulher perfeito em ti é o Amor,
Parabéns por ser divina e até mais.

08/03/2017



domingo, 5 de março de 2017

Pressão

Quando um plano dá errado,
Quando se apela a outra opção,
Para não se afogar se vai a nado,
Para não ficar cego abre se a visão.

Evitar que o dia se perca,
Traçar novo rumo a fazer,
Saltar por sobre a cerca,
Acreditar lutar e crer.

Pressionando o botão certo,
Tudo se faz solução,
Sob pressão tudo é incerto
Insetos em sua direção.

Janela do nada aberta,
Sorriso falso no Ar,
Drama é só certeza incerta,
A Vida não tende a mudar.

Pressão é o medo concentrado,
A Vontade tornada obrigação,
Tudo tem risco pressionado.
Até o sonho vira ilusão.

Pressão e uso de autoridade,
Desgastam qualquer relação,
Diálogo se faz fonte de verdade,
Pressão gera mentira em ação.

Deixar de ouvir o que não se quer,
Gera medo e destrói expectativas,
Afasta de si e dos outros a fé,
E multiplica ao redor Feridas.


05/07/2017



sábado, 11 de fevereiro de 2017

Caminhada

A beira do Caminho,
Existia um olhar,
Tão perdido e sozinho,
Com outros a lhe vislumbrar.

Pesarosa a mente,
Julgamentos perdidos,
Pensamento já inerte,
E estranhos sorrisos.

No caminho sem rumo,
Tinha tudo mas sentia falta,
Não de um bem de consumo,
Mas de uma melodia, uma pauta.

Rumou a novos desejos,
Espinhos, sonhos e planos,
Deixou de lado ensejos,
E juntou seus cacos de anos,

Floresceu novamente várias vezes,
E se livrando do efeito passado,
Reconstruiu a opinião e seus quereres,
Fugindo dos medos e segredos.

Luta para iluminar a verdade,
Quer refazer novo caminho,
Seus pés doem com a realidade,
Mas segue preparando seu ninho.

Caminha rumo ao desconhecido,
Saltando muros, quebrando barreiras,
Para encontrar um rumo, um sorriso,
Ultrapassando nas buscas, novas fronteiras.


11/02/2017


Na Eternidade Divina

É Como um sopro,
Não sei o que sinto de verdade,
Vejo tudo escuro,
Medo de Olhar o Passado
Tão Cruel e Amargo.

No fim sempre superamos,
Acreditar que o impossível,
Se transforme em realidade,
Confiar no Amor sempre,
Manter a Luz da Fé acesa,
Permitir as alegrias Brotar.

Sorrisos intensos se abrem naturalmente,
Ao ver você coração se enche de esperança,
A mesma fé predomina,
São assim que os sonhos se realizam.

O Caminho do Amor incondicional,
É Assim mesmo que estaremos,
Na Eternidade divina.

Autora: Aline Cristina Bianchi.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Como Romanos

Seja rápido, estando em Roma,
Como os Romanos faça,
Sem sotaque, caia da cama,
Fale do trânsito, só de pirraça.

Siga não pare, Louco Motiva,
Em terra de doidos siga e siga,
Pinte e Apague, Grite e se cale.
Pare correndo, corra e prossiga.

Tira esse fone, sai do celular,
Dirija ligando, nem ligue,
Corra e corra, não pare de andar,
Sem gírias e não me "digue".

Estereótipo eterno do Apressado,
Ansiedade sempre a mil e um,
Barulho as vezes alto e abafado,
Mas como este lugar não há nenhum.

Quem aqui vive estranha o tranquilo,
Tudo é tão exato, apesar dos problemas,
Tudo se acha, seja isso ou aquilo,
Cidade dos muros, prédios e dilemas.

Saudosa maloca, à espera do trem,
Em doce garoa, que acalma a alma.
Mesmo no caos, Rainha do progresso,
São Paulo é Sampa e bate-se na palma.

Seus ritmos seus sons, seus longos anos,
Suas buzinas, seus loucos habitantes,
Berço de tantos olhares, lugares e planos,
Parabéns Sampa, por seus milhares de instantes.


25/01/2017