És faca de
dois gumes,
Tu que já
foste um deus,
Abençoando
em seus cumes,
Hoje mata
devotos seus.
Escondida
em pífias moedas,
És para
muitos, fétida escória,
Ópio das
ricas nações cegas,
Dádiva da
morte de toda história.
Tuas
pontes ao nada levam,
Quando és
o domínio do ser,
Te tornas
esmola aos que choram,
E
prazeroso senhor do desprazer.
Enlouqueces
por tua presença,
E o poder
de ti se alimenta,
De ti
fazem a cura e a doença,
Garantes
calmaria e Tormenta.
Cachaça,
Sangue e Suor,
Na pobre
e fria Noite,
És tú que
Mostras o melhor,
Por ti
muitos aceitam açoite.
Esmola de
sonhos perdida,
Desejo
que a aquece a alma,
Riqueza
por tantos pedida,
Dinheiro
ensandecido pela calma.
Tua chama
revela a arte
Teu fogo
recria os vícios,
Rimas
pobres por toda parte,
Qual o
Poder dos Patrícios.
06/10/2016
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