quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Nao tem graça


Toda vida solta,
Com geometria,
Não tem graça,
Deixa o dia a dia.

Rima a destreza,
Salta dessa caixa,
Olha a beleza,
Desfilando nessa praça.

Sai da caixa deste nada,
Olha o céu, o amor, os Risos,
Falta dos sentidos, fio de espada,
Fodam-se os falsos paraísos.

E deixa ser incrível,
O olhar a rizada o sentimento,
Nada e mais terrível,
Que a presente, ausência d’ momento.

Rir e chorar, tênues limites,
Mas se passar a dor,
Estamos todos quites,
Salta desta trilha para praia em flor.

Escolhas vivas ou mortas,
O que importaria,
Fodam se os mundos, portas,
Onde o resumo é a vã filosofia.

De que o sol nasce,
E tudo está preso,
A mera simples Tese,
Do desespero.

09/09/2015



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