Não quero
ser poeta,
Se for para
falar de amores,
Quero
coisa mais concreta,
Quero
beijos, quero flores.
Eu esta
coisa, certeza incerta,
Monocromática
das cores,
Que em
seu próprio sangue injeta,
Venenos
dos Desamores.
Poeta
surdo de rima,
Cego de
amor e de paz,
Tinta
inerte que imprima,
A
impressão de tudo que jaz.
Definitivamente,
não quero,
Assim,
não quero ser poeta,
Poesia,
vem com esmero,
Do céu, é
obra quase direta.
Me
arriscaria em um inferno,
Dizer que
Deus é poeta,
Verão que
se faz inverno,
Planta
que é flor incerta.
Quero ser
semente ao chão,
Vislumbrar
em palavras o sonho,
Recitar,
para acender um coração,
E
espalhar vitórias por anos.
Levar
palavras pelos caminhos,
Onde o
deserto de sentir, domina,
Fazer
brotar, florescer sorrisos,
Nos
lábios de quem desejou Morfina.
14/06/2015
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