Poesia só
valeria,
Se em
conta corrente viesse,
Corrente
moeda, poesia,
Amor, sem
riqueza se esquece.
Me poupe
de seus desamores,
Economize
mentiras,
Não diga
gostar das flores,
Se quer
esmeralda e safiras.
Poeta e
seu banco de ideias,
Juro que
não se sabe o que pensa,
Mel só é
doce em colmeias,
E amar é
dívida intensa.
Pague em
versos o desejo
Não digo
o inverso por luxúria,
Nada paga
um verdadeiro beijo,
Me poupe
de inválidas injúrias.
Poupe a
santa paciência,
Não
invista mais em amor,
Para não emprestar
clemência,
Ame a si
mesmo, sem penhor.
Os juros
da vida são altos,
O tempo
tem taxa constante,
Cobra por
cada um dos minutos,
Que tu
perdes desnorteado e errante.
26/03/2015
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