segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Lenda do Amor

Rezam as lendas antigas,
Que esses seres bizarros,
Tão criadores de intrigas,
Teriam vindo do Barro.
Que uma mão bondosa,
Seus corpos com paz moldou,
E os despertou qual flor, Rosa,
Com um doce sopro de Amor.

Esse seria o Amor pleno,
Maior que toda emoção,
Que invade o peito sereno,
E faz Pulsar o coração,
Mas curioso este ser,
Destrinchou o sentimento,
Preferindo partes viver,
Sem Paraíso, em Tormento.

Da Ágape lenda Presente,
Surge o Philus Amor,
Que toda Família sente,
O bem acima da dor.
O querer bem ao irmão,
Dos pais o doce castigo,
Pra ensinar o coração,
O quanto vale Estar Vivo.

Então a alma se despiu,
E alguns chamaram Profanus,
O amor Eros tão sutil,
E o esconderam entre panos.
Desejo repreendido,
Na Ágape fonte do prazer,
Mas quando dividido,
Capaz de fazer arrepender-se.

E ainda restou do Amor,
A lenda de que ha Razão,
O Pragma doce Terror,
Manipulando o coração.
Amor este que sufoca,
Mata qualquer esperança,
Se no sentir, não há lógica,
Melhor não ter nem lembrança.

Ainda que tão dividido,
Poetas creem na canção,
Ninguém encontra o sentido,
Se quiser dominar o Coração.

21/10/2013


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