As vezes este meu "Eu",
Insensível e misterioso,
Tem medo do que morreu,
Do que matei eu glorioso.
Esse meu eu já enterrado,
Antigo romântico que ressurge,
E o medo de estar enganado
E este Eu, que qual fera ruge.
Estar ainda vivo em meu peito
Nas trevas do "Ser" habitando,
E no fim das contas o conceito,
E que, é ele que está me matando.
Passageira, cinza nuvem,
Sublinhada pelo destino,
Os medos que ressurgem,
E os pesadelos de menino.
O medo de que o real,
Não passe de uma ilusão,
E que ambos, bem ou mal,
Destruam o bom coração.
Essa carcaça de pedras,
Esse sorriso sem graça,
Desconhecido qual Esdras,
Desaparecera minha raça.
Destino responda me sincero,
Te peco em meu coração,
Pra ti qual é o meu esmero?
Que palavras me definirão?
Poeta tu és sem sentido,
Eis tua resposta pedida,
Em pouco serás esquecido,
Tu és uma Piada da vida.
Palavras que te definem,
Fracasso, erro, mentiras,
És igual a outros, idem,
Não hei de curar suas feridas.
Persegues a perfeição,
Mas neste mundo imundo,
O perfeito é imperfeição,
E ser superficial é profundo.
Poeta tu és embriagado,
Pelos sonhos impossíveis,
Pelo certo que é errado,
E pela monotonia de incríveis.
Ah triste destino, és chato,
Minha loucura, e alegria,
Faço dos sonhos, novo fato,
De versos pequenas poesias.
E mesmo que mudem os fatos,
Não venha a florir meu jardim,
A flor da certeza de meus atos,
Vai sempre florescer em mim.
14/04/2013
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