sábado, 28 de dezembro de 2013

Tenho

Tenho medo, coragem,
Ainda é cedo,
Tão poucos agem,
Tantos segredos.

O ontem o hoje,
O que espero?
Do que se foge,
Qual teu esmero.

Tenho medo,
Do que fui,
Do que serei, cedo,
E o que se inclui.

Ontem e amanhã,
Nem existem aqui,
Se toda mente for sã,
Muito se vai construir.

Medo tu que és rei
Em toda mente guardado,
Fazes estender o que sei.
E te usas presente o passado.

Medo ao ser humano,
É alimento domínio,
Se faz desalento
Ferramenta do desígnio.

Só há segredos, sonhos,
Se a vida permite, atenta,
Se o homem faz seus planos,
E ao insistir ele sempre tenta.

Então, olha o horizonte,
Refaz o brilho do olhar,
Realinha as suas fontes,
Para em quatorze sonhar.

Sem medos
O pensar é vitorioso,
Constroem futuro seus Dedos,
E tudo se faz glorioso.

28/12/2013


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Homo sapiens

Se eu não sentisse nada,
Eu não seria humano,
Outro conto de fada,
Sem o encanto profano.

Sou homem me excita o beijo,
Sou quente, quero o abraço,
Sou árduo fervo em desejo,
Tesão me acende sem laço.

Sou humano a carne queima,
O mais, dócil pensamento,
Contra o Sapiens a gente teima,
E tão bom curtir momento.

Respeito precisa reinar,
É tão bom sentir, querer bem,
Antes o respeito no olhar,
Do que ao desespero dizer amém.

Se o homem age com sabedoria,
Garante um futuro inteligente,
Quem busca ter tudo um dia,
Perde o que teria pela frente.

Ciência da paz respeito,
Desejos podem ser controlados,
Amar e mais que um direito,
É a cura aos desesperados.

Se a luz, me permitir,
Quero sentir a alma pelo ar,
Amar e fazer sorrir,
Que isso não seja só sonhar.

16/12/2013


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Valsa das Vidas

Dança comigo essa Valsa,
E já não me importará,
Se é dia ou noite falsa,
Se é claro ou escurecerá

Toma minhas mãos com paixão,
Me abraça com a ternura total,
Fecha meus olhos de ilusão,
Já não importa o bem ou mal.

Baila em meu semblante,
Domina meu olhar e rosto,
Rouba me cada instante,
Cobra-me da vida o imposto.

Dança comigo na alegria,
Ri das minhas tristezas,
Tu que em alvas vestes do dia,
Es a alma negra das proezas.

Ludibria meus sentimentos,
Diz me que não preciso,
Viver na vida momentos,
Nem saborear meu sorriso.

Concede-me a benção, desgraça,
Do insensível, forte coração,
Que para viver, sonhos destroça,
Com qualquer desejo e paixão.

Dança comigo essa noite,
Seu nome apenas não saberia,
Te chamam de mente e de açoite
Te apelidaram de uma poesia.

Mas, sei que és solidão,
És saudade do que nem tenho,
Castigo dos que se vão,
E aos que ficam és desdenho.

É a alma do anjo caído,
A maça de Adão e Eva,
A tentação do Paraíso,
O Desejo, a luz e a treva.

Mas, dança comigo essa manhã,
Nessa multidão tão perdida e só,
A Valsa das vidas mais sãs,
Antes que voltemos Ao Pó.

11/12/2013


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nesse Cidade

Cansa-se, de planejar muito,
De pensar demais,
De viver tão pouco.
Talvez isso seja,
Só mais um plano,
Talvez ate seja loucura.
Ser lucidamente, Tão insano,
A ponto de ser,
Como diz esse plano.

É preciso viver mais,
Pensar menos, Sorrir muito,
Ser mais sereno a si mesmo.
Buscar os segredos, da paz interior,
Beber das fontes,
Da juventude e do amor.

É preciso sentir, e não Sentar,
Partir, sem se cansar,
Que o tédio, não domine.
Que aquilo, que não define,
Passe a ser novo,
Ainda que aos poucos.

Que tudo se renove,
Que surjam sorrisos,
Que o sonhar se aprove,
E rostos em paz, ricos.
Se façam a nova razão,
Que a nova era seja de paz,
E que em cada coração,
No querer luz se refaz.
E quem quiser, seja bem vindo,
Pois um novo dia, já vem surgindo.
As Amizades sejam o motor, o sentimento,
Seja a partida.

E o Tempo, Combustível,
Que seja queimado,
Com consistência,
Pelo desejo motor, Temível.
Que explode às vezes,
Descontrolado, às vezes,
Afoga-se, até sufocado,
Mas basta partir acelerado.
Pra ir ate os limites do querer,
Perto do muro do poder,
Sentir a maresia de Viver
E quem sabe a brisa de Feliz Ser.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Culpa

A cena do crime,
Olhares perdidos,
Nada se define,
Procuram-se bandidos.
Vitimas farsas reais,
Olhares vazios,
No que cremos mais?
No chão vertem rios.

A sede satisfaz?

Culpa sua? Minha?
Pensar em paz?
Parar no tempo?
Pior que a epidemia,
Que espalha pelo ar,
É o medo, a impoesia,
Capaz de tudo parar.

Culpa dele, culpa dela,

A quem vou culpar?
Enquanto, pela janela,
O mundo vai passar.
Sentado na praia,
Disse-me o mar,
Que mesmo a vaia,
Deve me encorajar.

Culpa deles, louco,

O crime aconteceu,
Não houve morte, tampouco,
Valor algum se perdeu.
Veio o vento a brisa,
Olha aquela bela flor,
A culpa é uma Poetisa,
Que ironizam na Dor.

Culpa Nossa? Talvez,

Culpa minha? Certeza.
Inocente, desta vez,
Se usar da destreza.
A pena pelo crime,
Estar mais preso a mim,
Pois nem Deus, me reprime,
Quando o sorriso é meu Fim.

Meus Juízes absolveram,

Toda a culpa, pra me alegrar,
E minha divida, com Ele,
É paga ao voltar a Sonhar.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

É Tudo ou Nada (Viraall vira-lata)

É tudo que quero,
E o que posso é nada,
É tudo em protesto,
Vira all, Vira lata.

Na manha seguinte,
Do dia anterior
Acorda-me a TV, requinte,
Vem botando o terror.
Assalto a mão armada,
Que bela armação,
Entregue a sua espada,
Aos guerreiros Cão.

Na semana passada
Dos dias perdidos,
Quanta grana desviada,
E lançamentos sortidos.
O que quero custa caro,
E nem posso ter,
É caro ter um carro,
E claro é caro sorrir e viver.

E no mundo futuro?
O barato é louco?
É tudo inseguro?
O seu muito é pouco?
Olha o lançamento?
Tu não podes perder?
Pra que sentimento?
Comprar é Viver...

Meu caro Viral,
Que voa nas redes,
Não me faças mal,
Não me mate de sedes.
Se o novo é tão bom,
Por que a saudade?
Se o velho é canção,
Pra que novidade?

É tudo que quero,
E o que posso é nada,
É tudo em protesto,
Vira all, Vira lata.
Nas ruas caminham,
Tanta gente perdida,
Uns amam sozinhos,
Outros odeiam a vida.

Viral vira-latas, vira tudo,
Vira all o que, quero,
É só soltar um grito mudo,
Pra mudar melhor, espero.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

No Princípio

“No Principio Era o Verbo”,
E o que era o verbo senão o Fazer,
Enxergue e Veja quem não é cego,
Que Poder há em um viver.

Tudo começou de Uma Magia infinita,
De um “faça se” e Eis que se fez,
Assim como toda Força Bendita,
Tal qual uma fé naquilo que Crês.

Mas então bastara querer eu que se faça?
Pois sempre quis tudo e nada tenho na mão,
Seria eu ser de uma tão grande Desgraça,
Que culpa recai em meu coração?

Disse-me um dia minha companheira a Poesia,
Desejas a Rosa que ao Mundo pertence,
Desejos Vazios não trazem nenhuma Alegria,
Já tens o que queres teu espetáculo circense.

Em resposta lhe disse com certa Nostalgia,
Desejarei eu apenas “Panis ET Circencis” então,
Disse-me ela Gritando neste incerto dia,
Deves desejar com Corpo, Alma e Coração.

Então Desejei meu Amanha em Felicidades Plena,
Mas ela disse que neste plano desde seu inicio,
A Plenitude não poderá entrar em Cena,
Pois não e pertencente ao Humano Principio.

O Gênesis do Amanha e o Presente,
Então use Seu poder do Faça-se agora,
Deseje o que queres Plantar e Plante,
Mas não se Preocupe demais com a demora.

Nem tudo e como a gente Deseja,
Desejo e como a Paixão ardente,
No momento e tudo pra quem Beija,
Mas pode ser ódio e medo pra quem mente.

Origem do Verbo a Principio não se muda,
Principio da Origem verbal em sintaxes,
Desejo que inocente que és não se Iluda,
Pois o Futuro pode ter muitas Faces.






Prólogo

Deveria eu Apenas dizer algo do que se diz?
Fazer Algo do que se faz?
Desejar Algo do que Se Deseja?
Sonhar Algo do que Se sonha?

Tão Vazio e cheio de nada.
O que e o Vento?
Se não o Ar em etéreo Movimento?
Às Vezes Brisa, às vezes intenso.

Pois entre Sonhos Mortos,
Desejos Findos e medos infinitos,
Gozai da desgraça alheia dos fatos,
Oh Ébrios Demônios com seus Gritos.

Mas o Anjo de Trevas que se desfaz outrora,
De Cinzas renasce e neste místico momento,
Prepara-se em sua agora nova forma,
Para se Tornar Ar e mensageiro do Vento.

A poesia, eterna sempre será, dia após dia,
Não importa quantas vezes me matem,
Ela ressurgira em tristeza ou Alegria,
Pois as palavras sempre se refazem.

E eu este pobre ser, Rico de si próprio,
Faço de um argumento, solitário desejo,
Que a Luz sobre este Poeta Sóbrio,
Se faça tão consoladora quanto um beijo.

De Forma que renasça em mim a Dor,
E Unindo em um só Feitiço, Magias,
Devolva junto a meu peito o Amor,
E me traga o Prazer em seguintes dias.

25/11/2013



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ecoar

Ecoa por todos os cantos,
O canto da Negra vertente,
Não há só negros aos prantos,
Pobreza afeta a toda gente.

Ecoa a Consciência Negra,
Que a "Sombria Consciência",
Pode estar mesmo na integra,
Na mente, qualquer descendência.

Entoam se cantos dos povos,
Que as leis se façam valer,
Que ecoe aos mais poderosos,
O anseio de todos em viver.

Ecoa essa raça essa gana,
De um povo que é grande nação,
Que não e só massa insana,
Mas fruto da miscigenação.

Não haja barreiras perdidas,
Respeito se faca bandeira,
Levando as raças sofridas,
Seus sonhos de vida inteira.

Pra que se tornem reais,
Seja de risos, motivo
Que haja a verdadeira paz,
E que o futuro seja emotivo.

Que olhares sintam sem julgar,
Que não condenem sem ciência,
Que façam pelo mutuo amar,
Uma justa, "Negra Consciência".

19/11/2013


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vento

Eu Vendo,
Tudo que esta aqui,
Vendo,
Um pouco de ti.
Vento,
Faça-me sorrir,
Venta,
Essa dor, longe daqui.
Voa,
Traz-me um amor
Vou,
Acordar desse horror.
Vai,
Não me deixa na mão,
Vá,
Buscar ela então.
Vende-se
Um pouco de mim
Vendo,
Que corro para o fim.
Voa,
Essa brisa tornado,
Volta,
Esse é o lado errado.
Vejo,
Essa serra esse mar,
Vem,
Voando me acordar.
Vento,
De dois faz um só,
Vamos,
Ciclone fazer sem do.
Vendo, vendo,
Vento venta,
Voa, vou,
Vai, vá.
Vende-se, vendo,
Voa, volta
Vejo, vem,
Vento, vamos.
Voo,
Voa, voa,
Vou,

Vuououou...

07/11/2013



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Nefastus Templarius

Sacerdotisas e Cavaleiros,
De uma era que não Existiu,
Espalharam-se aos milheiros,
Pelo seu mundo tão Vazio.

Devotos da Solidão,
Choram uma tristeza criada,
Filhos da deusa depressão,
Buscam a impossível amada.

Templários do vazio coração,
Criam metas sem alcance,
Perseguem doce ilusão,
Amargam-se com todo enlace.

Oferecem de si a outrem,
O que desejam ter de volta,
Mas recebem apenas um amem,
De uma seita pouco Devota.

Atam pesados Fardos pra si,
E esperam que outros carreguem,
Torturam-se até para sorrir,
E veem falsidade onde não tem.

Carrega sobre as suas cabeças,
Tão pequenas nuvens, negras,
Que sua Aura fica espessa,
Os impedindo ate de vê-las.

Usam causa e consequência,
Mas a causa e sempre o outro,
As vezes imploram Clemência,
Mas o que concede acaba morto.

Nova ordem mundial,
Zumbis sem sentimentos,
Falam do bem, vivem o mal,
Não enxergam doces momentos.

Sorriem as câmeras escondidas,
Mas fingem seu mau humor,
Atraem os males das vidas,
Mesmo temendo o terror.

Cavaleiros e Sacerdotisas,
De momentos vários no mundo,
Somos nos e Nossas Divisas,
Entre ao bem, ser fiel ou Imundo.

06/11/2013


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Todos os Santos

Dia de todos os Santos,
Eu sei, sou pecador,
Sem esses mantos,
Eu ainda creio no amor.

Com tantas magoas,
Cometo meus erros,
Passam se as águas,
Guardam-se os segredos,

Nessa Divina Comedia,
Há tantos dramas escondidos,
Tanta gente só faz media,
E outros cerram os ouvidos.

Alguns creem na cegueira,
Outros disfarçam Inocência,
E passa se a vida inteira,
Esperando divina clemência.

A santidade,
Talvez não seja, não errar,
Ver a verdade,
Ter na terra o Divino olhar.

E saber o verdadeiro,
Sentido da vida,
Paz e Luz por inteiro,
Cura a alma dividida.

Que o amor seja o guia,
Que leva o coração ferido,
A acreditar em poesia,
Pra alma voltar a ter sorriso.

01/11/2013


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Mascaras

Seres dotados de medos,
Presos por seus rabos,
Escondidos em segredos,
Cedem chantagens e atos.

Você não é quem diz ser,
Não é quem pensa que é,
Você não tem esse poder,
Suas mascaras não são só fé.

Cada um escondido em si,
Escondendo seus segredos
Mostrando um falso sorrir,
Quando isso cai ficam os medos.

Você não é quem quer ser,
Você não mostra quem é,
Esconde em si seu poder,
Você já não usa a sua fé.

Então você encontra alguém,
E Conta as suas mil mentiras,
Mas como você mente bem,
Podem te dar falsas Safiras.

Você não é o querem que sejas,
É uma mentira, o seu sucesso,
E tu não tens o que desejas,
E o tempo é sempre expresso.

Nós somos o que somos,
Você é capaz de aprender,
Que toda mascara que usamos,
Deveria nos Amadurecer.

25/10/2013


Eterno

Eterno,
É todo pensamento e poesia,
É terno,
Pensar em amor todo dia.
Acordo,
Já pensando em dormir,
Porque,
Sonhando é mais fácil sorrir.
Viver,
Não passa de projeto pra sonhar,
Ninguém,
Consegue no coração mandar
Eterno,
É todo pensamento e poesia,
É terno,
Pensar em amor todo dia.
Às vezes,
A gente se conforma no prazer,
Deseja,
Que vida seja sempre pra valer.
É claro,
Que isso um dia pode ser
Mas até lá
Não quero fazer, sofrer.
Eterno,
É todo pensamento e poesia,
É terno,
Pensar em amor todo dia.
Sorria,
Você esta sendo filmada,
Meus olhos,
Desejam te acordados amada.
Por que,
A noite se meu travesseiro deixar.
É sempre,
Com seus olhos que quero sonhar.
Eterno,
É todo pensamento e poesia,
É terno,
Pensar em amor todo dia.
Tão Épico,
Quanto a paz no mundo,
É cada,
Dia momento e segundo.
Na lúdica,
Mente louca do sonhador poeta.
Esqueça,
Poesias são mentiras Incertas.
Eterno,
É todo pensamento e poesia,
É terno,
Pensar em amor todo dia.

25/10/2013


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Lenda do Amor

Rezam as lendas antigas,
Que esses seres bizarros,
Tão criadores de intrigas,
Teriam vindo do Barro.
Que uma mão bondosa,
Seus corpos com paz moldou,
E os despertou qual flor, Rosa,
Com um doce sopro de Amor.

Esse seria o Amor pleno,
Maior que toda emoção,
Que invade o peito sereno,
E faz Pulsar o coração,
Mas curioso este ser,
Destrinchou o sentimento,
Preferindo partes viver,
Sem Paraíso, em Tormento.

Da Ágape lenda Presente,
Surge o Philus Amor,
Que toda Família sente,
O bem acima da dor.
O querer bem ao irmão,
Dos pais o doce castigo,
Pra ensinar o coração,
O quanto vale Estar Vivo.

Então a alma se despiu,
E alguns chamaram Profanus,
O amor Eros tão sutil,
E o esconderam entre panos.
Desejo repreendido,
Na Ágape fonte do prazer,
Mas quando dividido,
Capaz de fazer arrepender-se.

E ainda restou do Amor,
A lenda de que ha Razão,
O Pragma doce Terror,
Manipulando o coração.
Amor este que sufoca,
Mata qualquer esperança,
Se no sentir, não há lógica,
Melhor não ter nem lembrança.

Ainda que tão dividido,
Poetas creem na canção,
Ninguém encontra o sentido,
Se quiser dominar o Coração.

21/10/2013