Duas linhas paralelas,
Não devem nunca se cruzar,
Viver é sempre uma delas,
A outra linha é o sonhar.
A beleza da flor não eterna,
O sol no céu lindo, sorridente,
A amizade bela, doce e terna,
O dia claro, porém, quente.
As flores que murcham, padecem,
O raio ardente de sol queima,
Falsas amizades reaparecem,
E todo dia traz novo dilema.
O sonho é poético, harmonia,
O real é patético, ilógico,
O sonho da ao peito alegria,
O real deixa cérebro caótico.
E se por acaso tais linhas se cruzam
Causas reais plenas e puras,
Nos sonhos pesadelos se tornam,
E na realidade se tornam loucuras.
Ver em tudo beleza é insano,
Mas ser demais realista e arriscado,
Viver sonhando é bem humano,
Loucura são pesadelos realizados.
A beleza da vida,
Plena apenas será,
Se entre essas linhas,
Puder a mente pairar.
Que a ausência dos sonhos,
Não se torne pesadelos,
E que a presença dos planos,
Permita realizado vê-los.
Triste manha Julina,
Que anunciou sua partida,
Descansa Azul, Rosa Menina,
Que fostes por alguém querida...
02/02/2012
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