segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Memorial


Em tudo que há de presente,
O passado tem algo ligado,
O corpo a alma ou a mente,
Haverá algo relacionado.

E em lembrança do que é,
Algo no futuro também será,
São memórias de razão e fé,
Que permitem ver o que virá.

Um tríduo de equilíbrio pleno,
Entre os tempos existentes,
Das vidas o eterno templo,
Futuro, passado e presente.

Um divagar de ideias soltas,
Que ao leigo é sem sentido,
Como se a estas fossem outras,
Ideias dos que tem sobrevivido.

Mero som de almas mortas,
Anseios sonhos perdidos,
O que ontem eram portas,
Hoje são muros erguidos.

O fim ou o início do outro lado,
Aos que ficam a esperar, resta,
Rever o que foi antes sonhado,
E aos poucos a cortina se cessa.

Em memória do ontem,
Vive se o hoje distante,
E que os dias se contem,
Para um futuro não brilhante.

06/02/2012



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